sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Um pedido de desculpas e um agradecimento.

Gostaria de me desculpar por ter abandonado o blog. Tenho estado muito ocupada e meu computador passou por alguns problemas. 
Espero que até agora de alguma forma eu possa ter ajudado aos tímidos que visitaram meu blog com minhas postagens que, apesar de terem sido mais pessoais, vocês tenham se identificado com uma ou outra coisa. Da minha parte, continuo sendo tímida e minha timidez a cada dia que passa percebo que mais me atrapalha do que me ajuda, principalmente na hora de arranjar um emprego. Apesar de me esforçar ao máximo para "aparentar" tranqüilidade e dinamismo, os meus gestos, mesmo que sutis me condenam, ou seja, como posso trabalhar como vendedora, por exemplo, se em uma entrevista eu não consigo falar tão bem quanto escrevo? E como aprender a falar bem e ser uma boa vendedora se ninguém dá uma única oportunidade? Ainda bem que existem várias outras funções, porque se o mundo fosse só de vendedores eu e os tímidos do mundo estaríamos perdidos.

Obrigada a todos que lêem meu blog, comentam ou simplesmente visitam! Não sei quando voltarei a postar com a mesma freqüência de antes, então espero que as minhas postagens anteriores sirvam de alguma maneira para os antigos e novos leitores. :) 

sábado, 16 de junho de 2012

Quem tem boca vai à Roma...

... mas quem tem pernas também! 


Quantas vezes você teve que andar muito para só depois poder perguntar qual era o caminho certo?

Semana passada estive numa entrevista de emprego, e me dei conta de que eu demoro muito para perguntar para as pessoas qual é o caminho para chegar em tal lugar.

Me lembrei que em todas as entrevistas de emprego que eu estive na minha vida eu tive que andar muuuuito (talvez por isso eu seja tão magra? :D). Uma vez eu fui prestar um concurso para os Correios e fui com o meu pai de carro. Chegando lá, meu pai me perguntou "Você sabe como voltar, né?" e eu com toda a certeza lhe disse "Sim, eu sei!" só que eu pensava que o caminho que o carro dele fazia era o mesmo que o ônibus fazia. Quando terminei de fazer a prova dos Correios fui toda confiante no caminho contrário do carro. Entrei numa rua cheia de casas, muito deserta. Lá no final havia uma avenida; tentei chegar até ela. Só que quanto mais eu andava, mais longe ficava a avenida. Quando eu achava que estava perto, me decepcionava e continuava a andar. Creio que andei por cerca de uma hora. O pior é que era inverno e eu estava com uma blusa de lã, porém nessa hora fazia sol e eu não queria tirar por nada a minha blusa. Quando cheguei finalmente na avenida decidi perguntar qual era o ponto que passava o ônibus que eu queria, porém era uma época em que as pessoas andavam muito desconfiadas umas das outras. Fui tentar perguntar para uma mulher e ela, por pouco, não saiu correndo, só respondeu rapidamente "Pergunte ali na polícia". Acabei perguntando num ponto de táxi. Me explicaram e fui pra casa. O importante é que cheguei. 

Achei que essa seria a última vez em que andaria tanto, mas me enganei... 


Noutra entrevista para entrar para uma fábrica de cosméticos pequei novamente por não perguntar antes. Meu irmão me acompanhou na entrevista que estava sendo dada num lugar muito longe da minha casa. Além de dois ônibus, tinha que pegar mais um trêm. No dia seguinte fui sozinha e estava certa de que sabia o caminho. E mais uma vez segui pelo lado errado. Quando desci do trêm, ao invés de seguir adiante, voltei para trás. Como sabem, o ponto do trêm é diferente do ponto do ônibus, é mais longo. Pois foi o que eu fiz, voltei um ponto atrás do trajeto do trêm. Eu olhava lá no fim do horizonte e estava certa de que estava chegando no local da entrevista, e mais uma vez, quanto mais eu andava, mais perdida me encontrava. A cada pessoa que passava por mim, ao invés de eu perguntar, eu dizia
"já está chegando, não vou perguntar". Só fui perguntar quando finalmente cheguei num ponto de ônibus, e me disseram que eu teria que pegar um ônibus de volta, porque eu havia feito o trajeto contrário do trêm. Imaginem só a minha cara de desespero! Eu já estava super atrasada e saber que eu tinha andado para trás me deixou mais nervosa ainda. Eu já estava suando tanto por causa do cansaço quanto por causa do nervosismo do atraso. Era tão perceptível o meu desespero que as pessoas do ônibus até perceberam. Uma mulher até me ofereceu o lugar para que eu sentasse (eu não estava me sentindo tão mal assim, apenas estava suando e nervosa, mas ela pensou que eu estava passando mal). Só que isso fez com que eu ficasse mais nervosa ainda, porque o ônibus inteiro estava com os olhos voltados para mim de tanto que a mulher me perguntava o que eu tinha, se eu me sentia bem... 
Na hora de descer a agradeci pela gentileza. É difícil encontrar pessoas que cedam o lugar para uma pessoa jovem como eu. Eu não imaginava que isso iria acontecer. Mas no final deu tudo certo, fiz a entrevista e consegui o emprego. 

Depois disso, mais uma vez pensei que essa fase de "caminhada" havia passado. Que ilusão! 


Semana passada fui numa outra entrevista para um Shopping. O caminho até o local eu sabia, já que outra vez eu tinha feito uma entrevista no mesmo lugar, porém a empresa era em outra rua. Para completar estava chovendo demais e não havia placa mostrando os nomes das ruas. Desta vez decidi perguntar. A cada passo que eu dava eu perguntava aonde ficava tal rua e a cada passo me diziam uma coisa diferente
"Daqui à duas ruas entre à esquerda", eu entrava. "Xiii, volte tudo e vire à direita", eu virava. "Olha, segue essa rua, vire a primeira à esquerda e a primeira à direita. Logo você verá um prédio enorme; é lá!" Fiz tudo certinho, tentava olhar as placas "invisíveis" e quando "supostamente" cheguei no lugar indicado... Cadê o número?! 
Perguntava para as pessoas que estavam nos números próximos e ninguém sabia me responder. Andei uma rua adiante para ver se encontrava e nada. Voltei, perguntei, segui, virei... voltei novamente e perguntei num número mais próximo ainda e, finalmente, esse sim sabia onde era e me indicou o lugar. Encontrei! 

Pensam que acabou por aí? Não! Até chegar a esse lugar eu andei cerca de meia hora ou mais. Pra completar eu estava com um sapato baixo (por quê eu não fui de tênis? - me pergunto até agora). Meu sapato molhou todo de tanto pisar nas poças de água enquanto procurava a bendita rua e o bendito número debaixo de uma chuva intensa. A barra da minha calça, então, nem se fala! E olha que o meu guarda-chuva não é de "mocinha", é daqueles grandes que cobrem tudo (só para que tenham uma idéia da dimensão da chuva). Cheguei no local mais de 40 minutos depois do combinado; atrasadíssima e molhada! 

Como aquele era o meu "dia", não terminou por aí. Me deram um formulário para eu completar e depois disso "chá-de-cadeira"! Até que por fim, apareceu a moça que nos iria entrevistar (já que não era só eu que havia me atrasado). Na sala da entrevista foi tudo muito bem. A coisa começou mesmo na hora de sair dessa sala. Senti que meu sapato meio que grudava no chão e pensei
"Caramba! Será que meu sapato está tão molhado que até está grudando? Que coisa estranha!". Ela deu uma redação e eu fiz. Terminei, me levantei e caminhei até a recepção onde eu teria que entregar a redação e, ao olhar para trás, para a cadeira onde eu estava sentada, imaginem!!! Havia um CHICLETE grudado no chão branquinho da empresa (que, por certo, toda hora a faxineira passava pra lá e pra cá limpando), logo supus que vinha do meu sapato. Fiquei mais nervosa ainda, e ao sair de lá, olhei para debaixo do meu sapato e constatei que realmente havia um chiclete enorme grudado ali e muito à vista, então pensei "Que droga! Por quê ninguém me avisou?!", "De onde surgiu?" (se eu tivesse visto um chiclete no sapato de alguém eu avisaria). Sinceramente eu não sei como ele foi aparecer ali. Quando eu cheguei na empresa ele não estava ali. Ô dia, viu! 

Para voltar para casa foi fácil. O difícil foi me lembrar a cada instante que eu poderia ter ido de tênis e evitado essa vergonha. Porém a vergonha maior é não perguntar quando se tem que perguntar ou perguntar para as pessoas erradas ao invés das que sabem o caminho certo. 


Só sei que eu sou um bom exemplo do ditado que diz
"Quem não se comunica, se trumbica."

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Um bom motivo.

Confesso que sou o tipo de pessoa que só sai de casa se tiver um bom motivo para isso. Ser caseira já uma das características dos tímidos, porém nem todo mundo que é caseiro é tímido e vice-versa. 
Em casa está tudo o que eu preciso para me sentir bem, essa é que é a verdade. Escuto meus CDs favoritos e danço até me "acabar" (rs), leio os livros de que gosto, converso com meus amigos ou pelo telefone ou pela internet (todos - ou melhor, os poucos que tenho -, moram longe).


Minha mãe sempre me dizia: "Vai andar no shopping!" e eu respondia "Pra quê? Ficar olhando vitrine à toa?". Sinceramente eu não consigo ir a um shopping ou a qualquer lugar que for se eu não tiver alguma coisa importante para fazer lá, como por exemplo, comprar algo que me interesse, ou assistir a algum filme que esteja passando no cinema. Mas ficar à toa andando pra lá e pra cá e olhando vitrine? 
Pode ser que a maioria das moças da minha idade e principalmente as mais novas gostem de fazer isso para, quem sabe, arranjar algum namorado por lá (?). Eu sinceramente não vejo como isso seja possível, já que a maioria dos rapazes que vão ao shopping e que são solteiros vão sempre acompanhados por multidões de amigos, o que aumentam as chances de todos saírem de lá desiludidos e desanimados (caso a intenção principal de ir a um shopping seja essa). Que chatice ter que sair de casa para ir a um shopping em busca de "algo" que não irá encontrar, no máximo uma paquera, porque a aproximação em si já é difícil naquele ambiente. 


Pois é, como você que está me lendo percebeu, eu não sou fã de shoppings, e só vou lá se tiver um motivo muito bom. E pra falar a verdade, lá não tem muita coisa que me motive.
Porém existem lugares que me motivam sempre a sair de casa, apesar de eu ser tímida e caseira e, entre eles estão uma boa livraria na qual eu passo horas lendo e se gostar de algum livro, eu compro; loja de CDs; parque, seja de diversões ou não. Afinal, lá se paquera bem melhor que num shopping, e se tem muito mais possibilidades de arranjar um(a) namorado(a), apesar de esse não ser o principal motivo que me faz ir a esses lugares (rs). O principal motivo que me faz ir a esses lugares é que ali eu sei que não ficarão me olhando de cima à baixo como fazem a maioria das pessoas nos shoppings, por exemplo; ali eu sei que estarei no meio de pessoas como eu, que estão interessadas em algo que realmente vale a pena e importa. E o mais importante: ali eu tenho certeza de que me sentirei bem, e me sinto. 


Acredito eu que o mais importante é se sentir bem, seja em casa ou fora dela. Geralmente os pais, as famílias dos tímidos tendem a "exigir" que os filhos saiam mais, porque acham que a felicidade deles está lá fora (talvez esteja), mas a verdade é que isso é o que os pais e familiares querem; poder dizer para os parentes e amigos: "Meu filho tem vários amigos e sempre está saindo" e muitas vezes nós acabamos fazendo as vontades dos nossos familiares e nos esquecemos das nossas próprias vontades. Por que ser, fingir o que não somos para satisfazer os outros, se podemos ser nós mesmos com nossos defeitos e qualidades e ainda assim conseguir satisfazer a nós mesmos com as coisas que mais gostamos de fazer e também as outras pessoas? Pois é, temos todo o direito de divertir-nos à nossa maneira. E é nosso dever mostrar que estamos bem sendo quem somos.


Se você se sente bem, diga, se não, também. Se você quer sair, saia! Se não, fique em casa. Se você acha que tem problemas, procure ajuda! Só não viva a sua vida em função do que os outros pensam como deve ser a sua vida. Seja feliz! Eu serei também. :)





domingo, 29 de janeiro de 2012

Líder, eu?!

Não é a primeira vez que eu faço testes pela internet, mas toda vez que faço, me surpreendo com o resultado. Desta vez, por recomendação de uma pessoa na internet, resolvi fazer o Teste Vocacional do Guia do Estudante (  http://testevocacional.guiadoestudante.abril.com.br/ ). Já se passaram vários anos desde que terminei o colegial (Ensino Médio) e a princípio eu não sabia muito bem o que eu queria fazer, na verdade, eu não sabia "patavinas" do que eu ia fazer, que profissão eu iria seguir. Até que há alguns anos eu venho me decidido (antes tarde do que nunca, já dizia o ditado). Mas a escolha, pra mim, ainda está meio incerta. 

Minhas matérias favoritas sempre foram História, Português e Educação Artística. As minhas notas com essas três matérias sempre foram altas. Durante esses anos sempre procurei me informar mais sobre essas matérias tentando me identificar em alguma delas e tentando me decidir por uma só. De um lado, algumas pessoas, familiares e conhecidos que vêem meus desenhos ou até mesmo outros tipos de artes que eu faço, seja no próprio computador, ou em papéis mesmo, me dizem que eu deveria me aprofundar mais e seguir essa carreira. E eu particularmente gosto muito. Do outro lado, outras pessoas e amigos que lêem as coisas que eu escrevo me dizem que gostam do meu jeito de escrever e que eu deveria seguir carreira de escritora ou de alguma coisa que envolva as palavras. O problema é justamente esse: eu também gosto muito de escrever e ultimamente eu tenho escrito mais do que desenhado. 
Há algum tempo eu já havia me decidido pelas Artes, mas às vezes eu me pego sem criatividade e penso: será que eu terei criatividade suficiente para seguir essa carreira? Se bem que para escrever também é necessário ter criatividade... é um dilema mesmo.

Bom, já escrevi demais e a questão principal que é bom, nada...
Fiz o teste (duas vezes), e só consegui continuar nesse dilema, mas para a minha surpresa, o teste diz o seguinte:


Estou de acordo com tudo, menos a parte que diz "Você é um líder determinado, daqueles que curte encarar novos desafios todos os dias". Líder? - Eu me pergunto - pode uma pessoa tão tímida quanto eu ser líder?. Líderes lideram (óbvio), mas eu só consigo liderar a mim mesma quando faço alguma coisa, mas eu não me vejo liderando outras pessoas. Talvez possa ser um erro meu de interpretação (o que não é incomum). Se alguém tiver uma idéia do que significa isso, não hesite em me explicar. 
Já quanto a "curtir" encarar novos desafios é outra história. Se for para encarar eu até encaro, não costumo fugir da raia,  mas curtir? Eu tenho verdadeiro pavor quando encontro um desafio pela frente. 

O resultado do teste foi: Artista. Logo abaixo, mostra várias profissões com relação a esse perfil, dentre as quais eu me identifico com: Artista, Bibliotecária, Escritora e Designer Gráfica
No final das contas esses testes só fazem com que eu fique cada vez mais em cima do muro...



Feliz 2012 a todos!!! 
(atrasado)